segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Causos - Microfonia

O nosso querido “TAGARELA” estava com o seu equipamento no African Bar, em Belém. Ele deveria atender dois ambientes, sendo que um deles deveria começar mais cedo, ainda pela parte da tarde, e deveria ser mais simples ( de preço extremamente barato) deveria ter somente duas vias de monitor: um Sidefill para atender quase toda a banda e uma via para o baterista. O serviço mais “pesado” seria num outro ambiente, dentro do bar, e começaria bem mais tarde, envolvendo uma grande quantidade de equipamento e um número grande de vias de monitor. A equipe tratou de montar bem rápido o pagode da tarde e lá ficou um operador novato. Uma instrução foi dada: Se ocorrer microfonia no agudo você baixa essa frequência aqui ... Enquanto montavam o outro sistema eles podiam ouvir (bem distante) o pagode rolando. Passado um certo tempo, ouviu-se muita microfonia e depois um breve período de silêncio. De repente, o funcionário novato irrompe o recinto, com o equalizador gráfico na mão e pergunta: _ Seu “Taga”, onde é mesmo que eu tenho que mexer pro som para de apitar? Ele havia parado o show, arrancado o EQ do sistema de monitor e levado ao patrão, pois esquecera a instrução que havia recebido

Causos- Alinhamento

Uma certa equipe de som do estado (PA) havia montado todo o seu sistema de som, tentando seguir ao máximo o que fora solicitado no RIDER. O vôo da equipe técnica do artista contratado atrasou, de forma que eles só puderam chegar ao local do show exatamente às 13:00h. Com a demora, a rapaziada foi dispensada para o almoço, ficando no local só o dono da empresa, zelando pelo patrimônio, esperando e regresso da turma. Chegando ao local do show, o técnico de PA se dirigiu a ele, se apresentou e fez a seguinte solicitação: _ Meu amigo, precisamos alinhar o PA. Ele então respondeu: _ Agora não vai dar. Vocês demoram muito, a peãozada foi almoçar e eu não posso arredar nem um monitor. O médico me proibiu...

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

João Damaceno

João Damaceno é carioca, criado em Laranjeiras. Filho de um grande professor de violão, o mestre Jodacil Damaceno, logo cedo despertou para a música. João trabalhou e trabalha com grandes nomes do cenário da MPB e do Rock brasileiro: Blitz, Lobão, Lulu Santos, Evandro Mesquita, Gabriel Pensador, Lenine, Moska, Fafá de Belém, Gal Costa e Luiza Possi e Bossa Cuca Nova, entre outros tantos nomes. No estúdio seguiu os passos do mestre Flávio Sena, mixando e editando muitos projetos, inclusive de artistas alternativos da MPB e artistas japoneses.

Contato: joao.damaceno@hotmail.com


quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

O serviço público e os profissionais de áudio

Como poderemos ter técnicos de qualidade no serviço público, oferecendo salários de fome? É vergonhosa a proposta de se fazer um concurso público oferecendo um salário mínimo ou, no máximo um salário e meio, para uma função que requer conhecimentos específicos, conseguidos com muito esforço, pois na maioria dos casos, não existem cursos de formação a não ser, umas esporádicas oficinas. Temos um outro agravante: Os concursos ficaram emperrados por muito tempo. Foi muito conveniente pros governos (em todas as esferas) manter os funcionários temporários. Hoje , existe uma verdadeira febre de concursos em todo o país. As pessoas, carentes de renda, fazem quase todos que aparecem, ou seja: Muitos dos aprovados, ficam apenas por um breve período e assim que aprovados em concursos com uma melhor remuneração desistem do emprego mal-pago. A aprovação e o curto período exercendo a atividade servem apenas como curriculum. A péssima remuneração não atrai bons profissionais nem tampouco os segura no emprego. Para que estudar sobre princípios de eletricidade, freqüências, operação de mesas de som( ou de iluminação) complexas, nomenclaturas teatrais, enfim, ter um lastro cultural, se o salário é o mesmo, ou muito parecido com o de quem vai apenas pegar no cabo de uma vassoura, com todos o respeito aos profissionais de serviços gerais, que também são muito mal remunerados. Até quando vai perdurar tal situação. Será que os técnicos da nossa querida SEAD não conseguem atentar para detalhes tão óbvios? Até quando vão ignorar o quadro funcional efetivo e consultá-los sobre uma grade curricular atendendo as especificidades das demandas de cada setor que lida com os diversos segmentos da arte? Até quando eles vão ignorar que a parcela do funcionalismo público voltada para a arte tem suas especificidades e que deve se tratada de modo diferenciado em relação aos demais funcionários públicos. Até quando, senhores gestores?

Fernando Dako


Odorico

Odorico Nina Ribeiro Neto : O interesse pelo áudio começou quando ainda era guitarrista do grupo SOL-DO-MEIO-DIA, no final dos anos 70. Mesmo tendo feito um curso de Jazz guitar com o músico francês Deny Germain, a paixão pelo áudio cresceu cada vez mais. Engenheiro eletrônico formado pela UFPa,hoje Odorico é proprietário da empresa AUDIO SERVIÇO DE SONORIZAÇÃO, que atende aos principais eventos do estado e também conta com o MANGO STUDIO, onde ele pode ser extremamente cuidadoso com trabalho acústico e também com o equipamento. O MANGO conta com Protools HD, mesa MIDAS, Microfones Erthworks entre outros equipamentos de primeira linha. É também professor do CEFET e cursa o mestrado em acústica .
Contatos: (91)xx32220545 odoriconina@gmail.com

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Bento Maravilha

Bento Pereira: um dos pioneiros do áudio em Belém. Construiu os primeiros trios-elétricos da região, alguns com engrenagens requintadas, onde o palco girava. Pesquisou e desenvolveu caixas acústicas e desenvolveu sensores (triggers) para bumbo de bateria. Sua empresa a Organização Bensom sonorizou grandes eventos na Amazônia nos anos oitenta.

Bentices#1


No começo dos anos80, os amplificadores solid state estavam sendo cada vez mais apreciados e utilizados no mercado. Os velhos valvulados, principalmente os mono, estavam em baixa. Mesmo gostando de amplificadores como os A-1, PM-5000, e Esotech AH-2, o Bento Maravilha, sabiamente, gostava mais do som deles( os valvulados) que dos “ de fábrica”. Os velhos valvulados que o Bento possuía, foram artesanalmente montados pelo querido técnico e amigo João Martins. Nessa época, a quadra junina era muito forte em Belém. Uma equipe de som tocava todos os 30 dias do mês. Nos finais de semana, a coisa ficava ainda mais complicada. O volume de serviço aumentava imensamente. Além das tradicionais festas do período, haviam os serviços voltados para a prefeitura de Belém o Governo do Estado. Num desses finais de semana, havia tanto a escassez de pessoal especializado quanto e de equipamento. Numa festa junina da turma do jardim de infância de uma escola, foi escalado o “Tubarão”, um jovem de 13 anos, que falava meio atrapalhado e que tinha um defeito congênito em uma das orelhas, foi escalado. Era a estréia triunfal do “tuba”, um operador a altura de uma festa de Jardim de infância. Pena que a carreira foi meteórica. No dia seguinte ele foi destituído da função, pois deixou extraviar alguns discos – pecado mortal para um dono de aparelhagem sonora.No sábado, o dia mais atribulado de todos, ao final da tarde ainda havia duas festas para enviar equipamento e apenas um amplificador. O derradeiro amplificador era exatamente um dos preferidos do Bento. Valvulado, stereo, com duas fontes separadas, dois cabos de AC... O bento pensou rápido e não titubeou: “ me passa a serra!..” o funcionário hesitou e ele repetiu a frase de forma mais enfática ainda.Serrou o amplificador no meio, enviando cada metade para cada um dos sistemas que ainda restavam e logicamente, dinheiro no bolso...Coisas do Bento!